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Livro Comemorativo dos 70 anos da Fundação de Rotarianos de São Paulo - Uma história de ideias e ideais

100 lhos apresentados e contribuem para a formação de uma bibliografia especializada. No ano de 2011, foi instituído o nome de Centro de Educação para Surdos Rio Branco, em lugar de Escola para Crianças Surdas Rio Branco. Mais que uma simples mudança de denominação, foi uma forma de reforçar a amplitude da atuação da instituição, que vai muito além da formação escolar, envolvendo projetos voltados à valorização da cultura e da identidade surda. No Centro Profissionalizante Rio Branco, por sua vez, 2007 foi o ano da virada, no dizer de Susana Penteado. O foco passou a ser colocado na formação de aprendizes para atuarem em empresas como auxiliares administrativos, e não mais em programas de capacitação básica e específica. Foi criado o Programa de Socioaprendizagem Profissional, desenhado para atender às diretrizes da Lei de Aprendizagem, aprovada no ano 2000 e que se tornou conhecida como a “Lei do Aprendiz”. Essa legislação, regulamentada em 2005, estabeleceu a obrigatoriedade de contratação, pelas empresas, de uma cota de jovens entre 14 e 24 anos, que devem estar frequentando a escola ou concluído o Ensino Médio. Além da Unidade Granja Vianna, esse programa passou a ser oferecido também no Campus Lapa das Faculdades Integradas Rio Branco. Ao mesmo tempo, em função das necessidades de adequar a instituição às exigências estabelecidas na nova legislação, iniciaram-se os preparativos para torná-la autossustentável, gerando recursos para se manter. “No nosso Programa de Socioaprendizagem Profissional, a formação técnica não é o principal objetivo, e sim a parte comportamental, as habilidades para a vida (Life Skills). Essa se tornou a marca, o diferencial do Cepro. Isso não quer dizer que matérias tradicionais, como Português e Matemática, deixaram de ser ensinadas”, relata Susana Penteado. O entendimento de que são alunos vulneráveis, oriundos de famílias com renda de até um salário mínimo per capita, levou à definição de que o trabalho desenvolvido se basearia em duas dimensões: acolher e abrir a visão de mundo. “Eles precisam aprender a sonhar, a fazer projetos de vida, pois isso, quando chegam, não está no horizonte deles”, explica. Mais de 100 empresas se tornaram parceiras, recebendo os aprendizes formados pelo Cepro, que acompanha de perto o andamento de suas atividades, fornecendo orientação a eles e aos gestores. Entre os contratantes desses aprendizes, ocupam papel de destaque a própria Fundação e suas mantidas. Outro projeto de grande relevância e caráter transformador foi iniciado na Unidade Lapa em 2008, com Amanda Ayumi Mikami foi aluna do Centro de Educação para Surdos e depois ingressou no Colégio, onde se destacou, vencendo o Prêmio Rio Branco em 2014 Amanda Ayumi Mikami studied at the Centro de Educação para Surdos and afterwards entered Colégio, where she distinguished herself, winning the Rio Branco Award in 2014


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