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Livro Comemorativo dos 70 anos da Fundação de Rotarianos de São Paulo - Uma história de ideias e ideais

22 funcionando passava pelo senador e grande industrial José Ermírio de Moraes. Além de seus filhos ali estudarem, o que colocava o fechamento como um problema de ordem familiar para ele, era um homem que, no dizer do professor Nórton A. Severo Batista, possuía “a lucidez, a arguta visão dos problemas educacionais” e, junto a isso, uma capacidade de encontrar soluções práticas e objetivas para questões importantes. José Ermírio de Moraes já havia procurado Sampaio Dória para demovê lo da ideia de fechar o Colégio, sem sucesso. Estimulado por pais de alunos e pela comissão formada por professores e funcionários para estudar alternativas, o professor Carlos Cattony solicitou um encontro com o senador e foi atendido. O resultado da reunião foi relatado pelo professor Antônio Demóstenes de Souza Brito: “o Dr. José Ermírio deu seu apoio à Comissão e autorizou o professor Cattony e seus companheiros de Comissão a entrar imediatamente em contato com o Dr. Antônio Sampaio Dória, pondo à disposição numerário suficiente para o aluguel do prédio e a compra das instalações do Colégio Rio Branco”. Procurado, Sampaio Dória aceitou a oferta, vendendo o Colégio por 450 mil cruzeiros. O primeiro obstáculo estava transposto, mas havia outro: a venda não incluía o nome Rio Branco, que ele insistia em manter como sua propriedade. A abertura de uma nova escola, com novo nome, exigiria trâmites complexos e providências administrativas demoradas, o que tornaria impossível concluí-las em tempo hábil para o início do segundo semestre do ano letivo. As ligações existentes entre vários professores do Rio Branco e o Colégio Pedro de Toledo levaram à ideia de propor ao professor Joaquim Thomaz de Aquino – dono daquela instituição – a criação de uma unidade em Higienópolis, para receber os alunos da escola que fechara. Proposta aceita, foi instalado o Departamento de Higienópolis do Colégio Pedro de Toledo, sob a direção do professor Roldão Lopes de Barros. Estava solucionado o problema de alunos, professores e funcionários.


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