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Livro Comemorativo dos 70 anos da Fundação de Rotarianos de São Paulo - Uma história de ideias e ideais

29 serviços, que marcasse indelevelmente o cunho rotário (...) À medida que as sugestões eram apresentadas por um e estudadas por muitos, os entraves eram apontados e sustentados por vários companheiros, que defendiam a tese bem razoável – não sendo o Rotary uma sociedade beneficente, não pode nem deve tomar responsabilidades desse gênero.” Rotariano atuante, Paulo Reis de Magalhães corrobora essa visão, em carta em que deu seu testemunho sobre a época, ressaltando que as divergências não estavam ligadas aos méritos dos projetos que se buscava associar ao clube. Diz ele: “Nós, do Conselho Diretor do Rotary Club de São Paulo, tínhamos a função de procurar uma solução, ao mesmo tempo em que procurávamos moderar as opiniões conflitantes. Uma coisa é certa e é preciso deixar bem clara: as divergências eram, todas, de natureza subjetiva, ligadas a princípios do Rotary, que se defendiam de forma que julgo exagerada. No campo material, econômico-financeiro, o desprendimento era total e não havia qualquer restrição à grande obra, cujo contorno começava a aparecer – a Fundação de Rotarianos de São Paulo”. Nesse ambiente, a iniciativa de criar a Fundação de Rotarianos de São Paulo foi levada adiante por um grupo de 20 associados do Rotary Club de São Paulo, que assumiram a responsabilidade por ela, evitando criar uma situação que pudesse gerar embaraços. A preposição “de” no nome da Fundação – sem o artigo definido “os”, que indicaria que pertencia a todos os rotarianos – reflete o fato de ser, no princípio, uma iniciativa pararrotária, de um grupo de rotarianos. Mas, como o primeiro Estatuto já demonstrava, as portas da Fundação sempre estiveram abertas para a participação de mais rotarianos. Ali estava registrado que os sucessores dos primeiros membros não seriam filhos ou familiares, e sim outros rotarianos, garantindo a continuidade do espírito de Servir. E foi isso que ocorreu. Como destaca Nórton Batista no livro comemorativo Há muito ainda por fazer, esses pioneiros logo receberiam a companhia de muitos outros, “colaborando ativamente com ela, prestando serviços relevantes, como Armando de Arruda Pereira, Adalberto Bueno Netto, Francisco Garcia Bastos e Leandro Dupré”. Foi no dia 3 de outubro de 1946, em uma reunião na casa de Oscar Reynaldo Müller Caravellas, que se definiu a estrutura final da Fundação, que já nasceria com dois importantes empreendimentos sob a sua responsabilidade: o Colégio Rio


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